sexta-feira, 9 de setembro de 2016

IVC e Defensoria Ambiental pedem embargo de obra da Rôgga em Joinville

O IVC (Instituto Viva a Cidade) protocolou na SEMA (Secretaria de Meio Ambiente de Joinville) pedido de embargo de obra da Rôgga Empreendimentos.
A iniciativa dos ambientalistas teve como motivação a reportagem que publiquei na postagem "Empreendimento da Rôgga em Joinville sofre resistência por supostos danos ambientais".
 O documento entregue à SEMA, sob o número de protocolo 977 de 09 de setembro de 2016, pede ao órgão fiscalizador e licenciador ambiental que identifique onde está o rio Elling no bairro Anita Garibaldi e investigue um afloramento de água que tem indicações de ser uma nascente (Olho d'água).
Neste mesmo dia recebi, da assessoria de imprensa da empresa, uma "Nota de esclarecimento".
O email afirma que o "Residencial Caroli Easy Club, localizado na Rua Independência, passou por todos os processos legais de aprovações e licenciamento nos órgãos competentes".
Essa informação é pública em placa instalada no terreno e, em momento algum fiz qualquer alegação de que a Rôgga não estaria com a documentação em dia.
O documento que apresentamos, em parceria com o IVC, à SEMA, é objetivo sobre o que estamos contestando. O mesmo não podemos afirmar da "Nota de esclarecimento" da empresa.
Aliás, não é incomum que empreendimentos devidamente licenciados resultem em desastres ambientais posteriores e, no Brasil, temos, infelizmente, exemplos de sobra quanto a isso.
O que esperamos da SEMA é a suspensão imediata do licenciamento até que os pontos levantados na denúncia sejam devidamente esclarecidos.

Outras investigações e denúncias que contaram com minha participação ativa:
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Empreendimento da Rôgga em Joinville sofre resistência por supostos danos ambientais

Há alguns meses tenho recebido denúncias de moradores do bairro Anita Garibaldi. A Rôgga Construtora e Incorporadora iniciou a preparação de um terreno à rua Independência, 257 para a construção de torres residenciais com centenas de aptos.

 Imagens do terreno antes do desmatamento para início da construção das torres residenciais da Rogga à rua Independência, bairro Anita Garibalbi

O local é mapeado pela Defesa Civil como área de enchentes. Desde então venho investigando as denúncias. Algumas, sem consistência. Outras, todavia, cobertas de razão.

Nesta investigação confirmei algo que nenhum morador da região havia me noticiado. Há meses acompanho um afloramento de água que na primeira vez acreditei tratar-se de uma poça de águas pluviais ou acúmulo de um talvegue (remanescente de linha sinuosa em fundo de vale, resultante da interseção dos planos de duas vertentes e na qual se concentram as águas que delas descem). O que meu acompanhamento confirmou nestes meses é que mesmo após muitos dias ou semanas sem chuvas, aquela suposta "poça de água", apesar de localizada num ponto mais elevado que outros do terreno, não seca. 
Nesta foto feita em 23 de julho de 2016 o afloramento de água.
Quase dois meses depois, mantinha-se nas mesmas condições hidrográficas, 
apesar do completo desmatamento do local para o início das obras

Acredito que uma outra relação da sociedade com os rios urbanos seja possível.
O vídeo permite ver o afloramento contextualizado em todo o terreno

A experiência destes meus mais de 20 anos fazendo investigações de crimes ambientais, principalmente contra os rios de Joinville, me convencem de que, no mínimo, os órgãos ambientais devam ser notificados para investigar esse afloramento de água que está no lado oposto à rua Independência, bem próximo onde a Rogga lacrou, com concreto, outra evidência.

Trata-se de um poço com aproximadamente 3 metros de profundidade que moradores históricos da vizinhança acreditam ser o que ainda se pode ver do rio Elling. Este rio, que pode ser um outro afluente do Jaguarão, teria sido praticamente todo entubado pela prefeitura na década de 1970.
No poço que se podia ver o que sobrou do rio, fotos e vídeos feitos nestes meses de acompanhamento confirmam água corrente mesmo em época de seca.
No vídeo é possível ver e ouvir o suposto rio Elling entubado e correndo suas águas, provavelmente contaminadas pelos descartes de postos de lavação e 
esgoto doméstico nas redes pluviais

O IVC (Instituto Viva a Cidade) decidiu protocolar denúncia na SEMA (Secretaria de Meio Ambiente) de Joinville.
A Oscip ambientalista pede ao órgão de fiscalização ambiental o embargo da obra e que se providencie a investigação nos registros da prefeitura do histórico de rios entubados nas décadas de 1970, 1980 para confirmar o que alguns mapas oficiais ainda revelam: que há um rio escondido naquele terreno.
"O IVC, como instituição que busca a preservação do meio ambiente e proteção dos interesses da sociedade civil organizada, tem o dever de solicitar ao órgão ambiental e demais órgãos competentes que investiguem e analisem casos como esse, para que nem a sociedade nem os recursos naturais da nossa região sejam prejudicados", diz a presidenta da entidade, engenheira ambiental Tatiana Valencia Montero.
Os ambientalistas acreditam que o acatamento da denúncia possa salvar o rio antes que a Rôgga construa suas torres de apartamentos, o que enterrará, em definitivo, a possibilidade de termos esse patrimônio natural reintegrado à comunidade.
E tem outro agravante. Como não se tem, ou se escondem, os registros do percurso do rio Elling entubado, com o estaqueamento da obra são grandes as chances de se obstruir o rio por danificação da tubulação. E isto, com certeza, deverá agravar, para o poder público e a comunidade, os problemas de cheias e inundações naquela região. Pois, como disse, o rio Elling, ou o rio que passa entubado por baixo daquele terreno, é um dos que compõem a "mancha de inundação da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira", segundo estudo do BID apresentado à prefeitura.

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